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                           Betta 

Nome Popular: Betta

Nome Científico: Betta Splendens

Outros Nomes: Peixe de Briga, Combatente

Tamanho Adulto: 10 cm

Temperatura: 24° - 28°C

PH: ( 6,8 a 7,5 )/ Porém o ideal é o PH neutro ( 7,0 )

Características:
É um peixe para iniciante, o macho é extremamente agressivo e territorialista apesar de frágil com outros peixes, possui longas nadadeiras sendo que cada um tem sua forma e sua cor, já a fêmea é calma e pode conviver com outras fêmeas sem problema algum ( uma fêmea que fica muito tempo sozinha num aquário pode se tornar agressiva, então é recomendável no MÍNIMO duas fêmeas num aquário de 20 litros ou mais), ela é mais simples, possui nadadeira bem mais curta e com pouca coloração algumas vezes. Ele não necessita de água com muito oxigênio, pois tem a particularidade de respirar o ar atmosférico devido a um órgão chamado labirinto que se forma nos alevinos no décimo quinto dia (15) de vida. Normalmente são vendidos em pequenos potes que as vezes nem 1 litro tem, mas o recomendável é no mínimo 10 litros.

Alimentação:
Rações específicas como bettamin ou também tetramin. Enquitréias, larvas do besouro do amendoim, artêmias, bloodworms, vermes de grindall, tubifex, larvas de mosquito entre outros alimentos vivos . Procure manter a alimentação de seu betta bem diversificada para conseguir uma excelente coloração e vida saudável.

Manutenção:

Faça TPAs (troca parcial da água) de 50% a cada 3 a 5 dias, no máximo 1 semana. As vezes juntam algas no vidro, para isso use o limpador magnético que é encontrado facilmente em lojas especializadas e também na internet. Em casos extremos faça uma TTA (troca total da água) lavando bem o aquário em água corrente com uma escova de dente por exemplo. Ponha seu betta cuidadosamente em um pote que nunca teve contato com produtos de limpeza com a água do aquário, logo após, ponha a água nova que vai ser adicionada. Espere 5 minutos e ponha seu betta de volta ao aquário.

Reprodução:

A reprodução do betta pelo que muitos acham, não é difícil e sim uma das mais fantásticas. Ela pode ser conseguida por qualquer aquarista que possua algum conhecimento do assunto. É necessário apenas, que se siga algumas regras básicas para não se ter problemas.

Para começar, se pretendemos produzir uma bela espécie e manter uma boa linhagem, evidentemente os progenitores devem ser de boa linhagem. Escolha um macho forte e vigoroso a seu gosto, que esteja sempre ativo e lúcido. E também uma fêmea de sua escolha, que esteja pronta para a reprodução. Como distinguir uma fêmea preparada ou não para a reprodução? Basta verificar se há um pontinho branco para fora, logo abaixo das barbatanas pélvicas, e que esteja também redondinha e com boa aparência.

É bom que este casal, seja alimentado de preferência com comida viva e variada como tubifex, artêmia ou até mesmo larva de mosquito.
É necessário ainda, que a fêmea seja menor que o macho ou teremos problemas, pois na hora de fecundação o macho ficará impossibilitado de envolve-la em um abraço se ela for maior. Se este casal se der bem poderá ser usado para novas reproduções.

Há criadores que usam aquários de 8 litros, outros de 45 litros, mas no nosso caso usaremos um aquário de 20 litros, por ser de bom manejo e de menor custo. Utilize uma luminária com uma lâmpada incandescente de 25 watts.
• Se necessário um aquecedor de 10 watts.
• Um maço de cabomba, elódea ou até mesmo samambaias flutuantes.
• Água descansada por uns 2 dias, com altura de 15 cm. O aquário não deve conter cascalho ou nenhum tipo de areia para que os ovos não se percam entre as pedras, caso contrário ficarão no fundo e fungarão.

Se a base do aquário, a estante, for clara ou branca, devemos providenciar uma cartolina preta, para dar contraste aos ovos brancos e que o macho os possa ver melhor e mais rápido que a fêmea, pois dependendo da fêmea, da sua personalidade, ela poderá comê-los ou pelo contrário ajudar o macho na colocação deles no ninho como acontece às vezes.

Após tudo pronto coloque o aquário de preferência em um lugar tranquilo para que o casal não se assuste. Coloque então o macho e logo após a fêmea em banho maria, dentro de um pote de vidro qualquer transparente ou também um pote de maionese bem lavado, afim de que o macho não a mate, pois de início ele não a reconhecerá como fêmea. Logo ele abrirá suas grandes barbatanas, rodeando o vidro/pote, e em seguida cortejando-a. A partir daí, começa a fazer um ninho, este consiste de minúsculas bolhas de ar revestidas por um muco salivar, que as torna adesivas.
Ao fim do dia, em algum lugar do aquário, na superfície, haverá um ninho de uns 8 cm de diâmetro. Eu aconselho soltar a fêmea no dia seguinte, mas não há problema em soltá-la antes, só é preciso que o ninho tenha um certo tamanho. Caso contrário espere que ele faça o ninho ou senão ao final de três dias, troque o macho, tampe o aquário, e verifique a temperatura, estabilizando em 30 graus. Isto é muito raro acontecer, você precisa conhecer seus machos, há alguns que constroem ninhos enormes, e outros pequenos. Depende da personalidade de cada betta. O certo é usarmos casais jovens, pois são melhores reprodutores.

Feito isso, soltamos a fêmea. Não se assuste, pois de início o macho irá persegui-la constantemente, chegando a machucá-la. Por isso são necessários os tufos de plantas, para que ela se esconda até que esteja apta à desovar.
Ao fim da tarde, a fêmea parecerá bem maltratada, e entre 24 a 49 horas ela aceitará o macho e irá de encontro a ele, abaixo do ninho. Se isso não ocorrer em 48 horas, troque a fêmea.

Ele então a envolverá em um maravilhoso abraço, brilhante aos nossos olhos. Após o abraço o macho ficará atento para os ovos que cairem dela. Nos primeiros abraços nenhum ovo se soltará, somente após o sexto, sétimo abraço ou até mesmo antes. Começarão a se desprender pequeninos ovos de cor branca e rapidamente o macho os pegará com a boca e os colocará no ninho um a um, em cada bolha do mesmo. O número de ovos soltos pela fêmea aumentará a cada abraço até chegar ao número de 20 a 50 por abraço.

Isto se repete durante horas, e após a fecundação, o macho começa a ignorar a fêmea, que passa a ter um apetite especial pelos ovos. Ele começará a mordiscá-la, machucando-a, mantendo ela longe do ninho. Este ficará aos cuidados do macho.
Nessa hora devemos retirar a fêmea, pois seu papel na reprodução termina por aí, antes que o macho a mate.

A eclosão se dá por fim de 24 horas, os alevinos nascem e ficam pendurados no ninho, na posição vertical. O macho, como pai, manterá a prole junta, tomando cuidado para que nenhum alevino caia para o fundo. Os alevinos se alimentarão do saco vitelino que eles carregam durante três dias. Após esses dias devemos retirar o macho que perderá o interesse pela prole, podendo até comê-los.
O melhor alimento para esses alevinos são os náuplios de artêmia salina recém-nascidas. Para alimentá-los devemos colocar um pouco em cada canto do aquário, pois os alevinos de betta são lentos e não correm atrás do seu alimento.
Devemos aumentar a quantidade de acordo com seu crescimento.
O crescimento da ninhada é rápido e irregular, por isso ao fim de um mês devemos separar os maiores, por existir entre eles o canibalismo.

Com três meses de idade, podemos separar os machos em potes de vidro, dando a eles o melhor alimento, trocando sua água a cada três dias. Com isso eles rapidamente atingirão seu esplendor tornando-se belíssimos bettas. Nessa hora devemos fazer a seleção dos machos mais bonitos e grandes de sua escolha para reproduções futuras.

Após os dois serem retirados do aquário e voltarem aos seus próprios alimente-os com o máximo de alimento vivo possível pois estes ficam sem comer e perdem muita energia no acasalamento, soltando os ovos, fazendo o ninho de bolhas e cuidando dos alevinos.

No decorrer da reprodução, faça anotações, que serão de muita utilidade no futuro, como: Data da postura, Data da eclosão, número aproximado de ovos, alevinos, quantidade de machos e fêmeas numa ninhada, tempo de crescimento, e etc.

Caso não consiga tente novamente, nunca desista, troque ideias com colegas ou criadores, pois nada é impossível, muito menos a reprodução desse belíssimo peixe ornamental que é o BETTA SPLENDENS. 

                           Guppy

Nome Popular: Guppy

Nome Científico: Poecilia Reticulata

Outros Nomes: Lebiste, Barrigudinho, Guarú

Tamanho adulto: Macho: 3,5 cm - Fêmea: 6 cm

Temperatura: 26° - 28°C

PH: ( 7,0 a 7,5 )/ Porém o ideal é um PH levemente alcalino ( 7,2 )

Características:

O guppy é um ótimo peixe para iniciantes devido aos fáceis cuidados, reprodução, seu comportamento pacífico e aquário não muito grande ( 20L é ideal para 1 macho e 2 fêmeas). Ele é um peixe vivíparo que se reproduz muito, a cada um mês aproximadamente a fêmea dá a luz a uma nova ninhada, os números variam de 40 a 100. A fêmea é maior que o macho e normalmente tem cores mais opacas já o macho é todo colorido tendo muitas variações de cores e caudas por exemplo os tipos abaixo:

Alimentação:

O guppy é um peixe onívoro, ou seja, come plantas (algas) e pequenos animais. No mercado há rações especializadas e alimentos liofilizados, porém recomendo ALIMENTOS VIVOS como por exemplo enquitreias, dáphnias, artêmias, larvas do besouros do amendoim, bloodworms entre outros. Como muitos dizem, o guppy é o que ele come, então se você deseja ter um belo e saudável guppy, varie sua alimentação dando ração e alimentos vivos.

Manutenção:

O certo seria fazer TPAs (troca parcial da água) todos os dias, porém muitos não tem o tempo necessário para isto. Por isso faça TPAs a cada 3 ou 4 dias no máximo uma semana, para isso, use um sifão. Se o vidro estiver com algas use um limpador magnético encontrado facilmente em lojas especializadas e também na internet.

Reprodução:

Não é nem um pouco complicada pois é só deixar um macho e duas fêmeas num aquário que ocorre a reprodução. O macho a fecunda a fêmea através do gonopólio que libera o esperma na fêmea. Após algumas semanas ela incha (se não tiver certeza de que ela está prenha olhe no ânus, se haver uma mancha marrom está confirmado) e os filhotes vão se formando em sua "barriga". Quando estiver bem grande separe-a numa criadeira com musgo de java por exemplo ou num aquário, para ela parir sossegada e não ter o risco de se assustar e comer toda a ninhada. Na hora que perceber que ela parou de par-los tire-a imediatamente pois ela os comerá, deixe a mãe num aquário separada após o processo para ela se alimentar de alimentos vivos (muitos) e ração de ótima qualidade por 4 dias. Passados esses 4 dias volte-a no aquário. 

Nos primeiros 4 dias de vida você não alimentará os alevinos pois eles estarão se alimentando do saco vitelino. No 5° dia alimente-os com infusório, micro-vermes, ou ovos de artêmia descapsulados( encontra-se esse produto no site https://www.mercadolivre.com.br/) mantenha a temperatura a 28°C o tempo todo para um bom desenvolvimento. Como a digestão dos alevinos é realizada a cada 25 minutos você pode alimentá-los muitas vezes no dia (pelo menos umas 3 ou 4 vezes). No 15° dia começe a alimentar os alevinos com com náuplios de artêmias. Por fim, quando estiverem com 1 mês de vida alimente-os com ração a ração dos adultos bem moída.

OBS: Não se esqueça de fazer TPAs de 20% a cada 1 semana pelos hormônios anti-crescimento que os alevinos liberam na água.